A internet superou a TV aberta como o principal canal de investimento publicitário no Brasil. No segundo trimestre de 2024, a internet representou 39,6% dos R$ 6,035 bilhões investidos em publicidade por meio de agências, enquanto a TV aberta ficou com 37,4%. Este marco representa uma mudança significativa, já que a TV liderava o setor desde os anos 1970.
O estudo Cenp-Meios, conduzido pelo Cenp (Fórum de Autorregulamentação do Mercado Publicitário), destacou que a maior parte dos pequenos anunciantes, que não utilizam agências monitoradas, está migrando para o digital. Esse movimento reflete a crescente busca por resultados mais precisos e segmentados, oferecidos pela internet. Além disso, a evolução das plataformas digitais tem permitido que empresas de todos os portes invistam com maior flexibilidade e assertividade.
Mesmo que a TV aberta tenha mantido a liderança no acumulado do primeiro semestre de 2024, com 39,5% de participação de mercado, a internet já representa 38,2%, uma diferença mínima que tende a diminuir. Entre o primeiro e o segundo trimestre, os investimentos no digital cresceram 44%, enquanto a TV aberta teve um aumento de apenas 16%.
Vale ressaltar que emissoras como Globo e Record seguem a tendência de crescimento alinhada com o estudo, mas parte da publicidade exibida no Globoplay é contabilizada como investimento digital. Isso reflete a necessidade das emissoras de adaptar suas estratégias para plataformas digitais, acompanhando a mudança no comportamento do consumidor.
Para o futuro, a expectativa é que a TV 3.0, prevista para 2026, equipare a TV aberta aos meios digitais no que se refere à distribuição de propaganda. Com o uso de plataformas programáticas, será possível veicular anúncios direcionados a públicos específicos, fortalecendo ainda mais o setor digital. Esse cenário aponta para uma era de transformação na publicidade brasileira.
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